segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mundo das ideias?

Hoje eu percebo que seguir a voz sensorial pode ser perigoso. Os sentidos podem nos trair, por fazerem parte de tudo o que é degradável, por fazerem parte de tudo o que é passageiro. Por exemplo, a impulsividade torna-se perigosa quando nela descobrimos uma fuga para todos os problemas imediatistas, porém, seria correto condenar os sentidos que nos tornam mais humanos com o passar do tempo? Seria correto abrir mão da sede de viver momentos memoráveis, apenas por ter medo ou conceitos que são ideais, mas não fazem parte do nosso dia-a-dia.
Finalmente aprendi que tudo, em dose certa, pode ser bom o bastante para causar a melhor sensação, que é fazer nos sentirmos vivos

3 comentários:

  1. Hoje eu percebo que seguir a voz sensorial pode ser perigoso 2 tu SEEEEMPRE acerta guu *------*

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  2. Sucker love is heaven sent.
    You pucker up, our passion's spent.
    My heart's a tart, your body's rent;
    my body's broken, yours is bent.
    - - -


    Provavelmente eu deveria estar na cama agora, invés de estar aqui, ouvindo Mombojó e comendo morangos com chantilly.

    Acontece que agora, me deu vontade de mudar o rumo dessa postagem. A impulsividade que o Gustavo se referia em seu poste me chamou mais a atenção. Escrevo para dizer o que acho da tal “impulsividade”. Para mim, ela quase não existe, de segundo momento, entretanto, de primeiro sim. É como se eu escrevesse uma resenha inteira do que fazer/dizer, apenas movida por ela, e de repente, eu retomo, leio e releio, e descubro que talvez não seja assim que eu queira guardar certos momentos.

    Os ideais que eu e o Gustavo seguimos, não são tão formados assim pela sociedade. Somos guiados ambos pelo prazer. Qualquer tipo de prazer. Seja o carnal, vingativo, qualquer um. Qualquer um que propicie um sentimento parecido com êxtase nos move. Foi algo que nos uniu.

    Quando saímos, eu e ele, eu lembro de ter cantado “Every You, Every Me” em seu ouvido. De todas as músicas que tocou, eu cantei essa. Por que? Por que é uma das músicas que mas condiziam conosco naquele momento. No poste anterior a este, eu comentei sobre a sensação de estarmos vivos e é o que ele comenta, no tal poste dele.

    Vivermos “impulsivamente” não é tão preciso, mas, é uma conseqüência de quando aprendemos a lidar conosco. Veja bem, você só se deixa levar de verdade, quando sabe exatamente o que está fazendo. Por isso, acabamos denominando isso como “impulsividade”, nossos impulsos foram educados para que, naturalmente, não venhamos a ser machucados. O que eu aprendi é conhecer os limites, mesmo quando me deixo levar – o que se tornou bem comum para mim.

    Lembrar-me de toda vez que agi impulsivamente, fez com que eu aprendesse qual impulsão é melhor. Naquele momento, lembro-me de ter olhado para ele, em seus olhos; sorrido e começado a brincar com todos os seus sentidos, que ele também respondeu com os seus. Não apenas dois amantes, a partir daquele dia, toda vez que ele me provocava – em todos os aspectos... Amiga, amante, companheira – eu reagi, como eu também esperei que ele reagisse. Somos parecidos. Somos ligados pela mesma Lei de Newton: Ação e Reação – o que nem sempre é bom, por que às vezes é preciso Agir e não Reagir.

    O que tenho para dizer sobre tudo que ele disse, é que eu concordo. Mas, em parte, já que nos educamos.

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  3. Sinto-me lisonjeado ao comentar um poste do meu aluno e por que nao dizer, meu brother.
    Percebo que algumas aulas de filosofia, principalmente as de Platão, foram fundamentais para a construçao de seu raciocínio. Na verdade esse é o grande objetivo da filosofia, gerar esse ambiente de debate, afim de caminharmpos rumo a verdade, se é que ela existe.
    Penso que os sentimentos sao a forma de nos encontrarmos no mundo, ele nos revela a beleza do ser, uma vez que sem eles nao seriamos. Ja passou-te pela imaginação se fossemos um ser que nao possuisse os 5 sentidos? Passaria meus dias( se é que chamaria de "dia"), sem cheirar, ouvir, tocar, ver, experimentar. Creio que seria algo entediante, ou melhor dizendo, nao seria. Por isso afirmo que Platão peca muito nesse aspecto, os sentidos nao são tao abominaveis assim. Por outro lado também concordo com ele e com vc Gustavo, ao agirmar que esses mesmos sentidos que nos fazem ser, nos fazem iludir. Talvez por isso nosso mestre afirmou que a unica verdade encontra-se nas ideias, ou seja, na razao e naquilo que esta acima de nosso coraçao, e que pertence a toda atividade humana, isto é, o pensar.
    Ao finalizar sua reflexao percebo uma indagação, a mesma dirigida por mim acima, "porem seria correto condenar os sentidos que nos tornam mais humanos com o passar do tempo?" onde faço a ponte do poste de sua amiga Petit e o filósofo Epicuro, já que caímos em questoes antropológicas, discutidas por grandes pensadores até hoje. Eis o cerne do pensamento epicurista "Tu, que nao és senhor do teu amanha, nao adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos nossa vida a esperar e morremos empenhados nessa espera do prazer", grande Epicuro! sempre polêmico ao dizer que o prazer é o sentido de nossas vidas, mas quem dirá que ele nao tem sua razão?
    Em contrapartida encontramos Aristóteles dizendo: "Seja senhor de sua vontade e escravo de sua consciencia", sempre a nos colocar como seres racionais e por isso donos de nossas vontades.
    Enfim, para semear a discórdia penso que devemos ser pessoas que buscam o equilibrio, nem muita emoçao, nem muita razão, a justa medida é o caminho para a felicidade.
    Abraço brother e continue escrevendo, ou melhor, filosofando!
    Até

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